Para os sanguinários socialistas

Eis os campos onde a hera o fogo assombra,

dos altos arvoredos faz ruína

e, em meio a esta lamúria, à terra ensina

o inútil, p'ra que dela nada irrompa.

Consome vorazmente toda a alfombra

até que ela se faça cinza fina,

que ascende e obscurece a alva neblina,

lançando em todo o mundo triste sombra.

E depois de abrandado o ardor sedento,

co's vivos-mortos seres, no tormento,

o solo morre na infertilidade.

Mas eis que a plúmbea nuvem faz nascer,

e da água vê-se o chão num florescer,

assim como floresce a liberdade!

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 19/11/2015
Reeditado em 20/11/2015
Código do texto: T5454425
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