Para os sanguinários socialistas
Eis os campos onde a hera o fogo assombra,
dos altos arvoredos faz ruína
e, em meio a esta lamúria, à terra ensina
o inútil, p'ra que dela nada irrompa.
Consome vorazmente toda a alfombra
até que ela se faça cinza fina,
que ascende e obscurece a alva neblina,
lançando em todo o mundo triste sombra.
E depois de abrandado o ardor sedento,
co's vivos-mortos seres, no tormento,
o solo morre na infertilidade.
Mas eis que a plúmbea nuvem faz nascer,
e da água vê-se o chão num florescer,
assim como floresce a liberdade!