AUTODIDATA
AUTODIDATA
Não, não sei de nada; eu nada entendi:
Amei signos e, enfim, significados...
Porque malgrado todos os malgrados —
Como diz o outro — Vim, vi e venci!
Eu — bom ou não — sozinho aprendi
Onde andar... Enquanto eles, abismados,
Perseguiam caminhos já fechados
Em meio a noite mais escura aqui.
Mas podem me ignorar por ignorante
Ou mesmo me tomar já por demente...
Que a vitória é a palma d’este instante.
Não sei de nada. Nada esqueci. E ante
O seu olhar atônito ia em frente.
Como sábio, ensinei ao inteligente!...
Belo Horizonte – 01 05 2001