O amor livra a alma do dessentir.

Aprisionada no cárcere do ressentimento,

Segue a alma lutando contra o dessentir,

Debatendo-se desespera-se no movimento,

De um peito que bate para ninguém ouvir.

E como comboio de cordas em batimento,

Bate apressado o coração pelo doce sentir,

E num esperar repleto no destemperamento,

Destempera a vida, e sem sabor vai-se o sorrir.

Restando para alma o duro combatimento,

Entre a razão; que arrazoa para desistir,

E a Paixão que impele ao prosseguimento.

Assim é a vida deste que escreve o lamento.

Sorri na luta, que faz a luz viva do amor luzir.

Limpando a alma das durezas do destempo.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/11/2015
Reeditado em 19/11/2015
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