Olhos tristonhos...

Tu foste a sombra grande da minh’alma

Que veio das alturas do arvoredo...

A paz que me alegrou, me trouxe a calma

Da vida que vivi nos ventos ledos...

Agora só me resta esta saudade

Aguda bem no peito e tão profunda

Travando o meu sorriso à liberdade

E nela a minha pobre alma se afunda...

Procuro então dormir pra ver se sonho

Com os olhos teus nos meus olhos tristonhos

Embalo-me infeliz ouvindo valsa...

Olhando o teu retrato eu tanto choro

Sentindo o grande amor, pois eu te adoro!...

Minh’alma anda perdida, anda descalça...

Arão Filho

São Luís-MA, 18/11/2015