A Marselhesa e a Lama
Vi tanta gente chorando,
Maldizendo dos algozes;
E outras, que por engano,
Boiavam em lamaçais ferozes...
Mas não vi ninguém rezando
Pelos mortos cobertos de lama;
Só vi manchetes mostrando
Quem dos mortos fez a fama...
Não sei de quem mais tenho dó:
Se dos ricos que curtiam a balada,
Ou dos pobres que não tinham nada;
Se, triste, cantava a Marselhesa,
Junto com a elite burguesa,
Ou se chorava diante de tanto pó!
Vi tanta gente chorando,
Maldizendo dos algozes;
E outras, que por engano,
Boiavam em lamaçais ferozes...
Mas não vi ninguém rezando
Pelos mortos cobertos de lama;
Só vi manchetes mostrando
Quem dos mortos fez a fama...
Não sei de quem mais tenho dó:
Se dos ricos que curtiam a balada,
Ou dos pobres que não tinham nada;
Se, triste, cantava a Marselhesa,
Junto com a elite burguesa,
Ou se chorava diante de tanto pó!