A coruja

És um Pio antropófago e sombrio

Co´o olhar mui assombroso e a pele escura,

As asas funerárias e a candura

Que lhe são assombrosas entre o frio.

Que inda dormes no dia luzidio,

És da treva sombria e da alma pura...

Para mim, é que o doce negror jura,

És uma ave macabra, em sangue e rio.

Ó voo luminoso, negro, oculto,

Com que voes, é o além do mal perverso,

És tu, um voador escuro e culto.

Ó rosto tenebroso, mórbido, atro,

Mas desejas morar no braço inverso

Do morto-vivo; os túmulos são quatro.

Lucas Munhoz - (17/11/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 17/11/2015
Código do texto: T5452290
Classificação de conteúdo: seguro