A última carta

À querida amiga Elisa Flor

Mas eu sou totalmente depressivo,

Sinto-me um coração acelerado

À ânsia do ferimento e ao mau passado,

Como eu hei de almejar o horror ativo.

É que eu faço o soneto menos vivo,

Sem nenhum sentimento mais amado...

Co´a angústia sangradíssima ao teu lado,

Que eu desejo chorar e nada privo.

Eu canto a hediondez que tudo é belo

Co´os versos monstruosos para o anelo,

Sempre serei a Morte do lirismo.

Amo-te eternamente, minha amiga,

Com que não chores mais sem uma briga,

Só deixas que eu escreva o goticismo.

Lucas Munhoz - (17/11/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 17/11/2015
Reeditado em 21/11/2015
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