GENIUS LOCI
GENIUS LOCI
A várzea desolada que percorro
Fora um vale de mata bem fechada...
Pasto sujo ora à espera de queimada,
Cobre desde o baixio até o morro.
Por enquanto a nascente mantém jorro
E seu filete d'água insiste ao nada.
Meandra o regato sua antiga estrada,
Cujo desastre enfrenta sem socorro.
Nem sei mais o que estou já descrevendo...
Se a várzea ou mesmo a mim que a estou vendo,
Embora entenda de um ao outro transformar:
Sim, era bom estar onde ora estou,
Como antes era bom ser quem eu sou...
O que queremos ser, eu e o lugar?
Belo Horizonte – 06 06 2004