O poeta sentimental

Oh bebida melancólica que cheira doce,

Quanto sangue eu verei sair por tua pena?

Oh musa que no universo morre

Pela simples ação de iluminar a cena...

Se os anjos não amam mais que estes versos,

Quantos corações terei em minha mente,

Mas a solidão insiste no meu eu inverso,

Não o artista, mas aquele em mim que amor sente...

Então, quanto amor cheirarei ao ver a linda musa?

Oh fadas, ninfas, sereias -Levem-me para a fantasia!

Tornem-me o amante que à mulher contagia...

Mas, se o oceano de versos que fiz não seduza,

Se eu amo a minha vítima qual fazia

O poeta que decide e ao anjo s'associa...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 11/11/2015
Código do texto: T5445784
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.