O poeta sentimental
Oh bebida melancólica que cheira doce,
Quanto sangue eu verei sair por tua pena?
Oh musa que no universo morre
Pela simples ação de iluminar a cena...
Se os anjos não amam mais que estes versos,
Quantos corações terei em minha mente,
Mas a solidão insiste no meu eu inverso,
Não o artista, mas aquele em mim que amor sente...
Então, quanto amor cheirarei ao ver a linda musa?
Oh fadas, ninfas, sereias -Levem-me para a fantasia!
Tornem-me o amante que à mulher contagia...
Mas, se o oceano de versos que fiz não seduza,
Se eu amo a minha vítima qual fazia
O poeta que decide e ao anjo s'associa...