A canção da morte

Em cemitério da cruz e da morte,

Ouço os zumbis cantadores do enterro

Quando eu sorrio deveras sem erro,

Que é uma tristeza belíssima e forte.

Com que essa lua doirada me importe

Pela emoção resplendida que eu cerro,

Sinto-me um morto sangrento no berro,

Mas que a saliva do sangue inda porte!

Olha esses lábios das larvas co´um choro

Que hás de chorar tristemente na cova,

Porque eu lamento deveras e adoro.

Escuta as minhas palavras e vence-as,

Como o Ceifeiro que aceita e te aprova

Pelos desejos eternos que enleias.

Lucas Munhoz - (11/11/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 11/11/2015
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