O poeta
O amor é o calor que o vampiro engole no sangue,
É o que torna mais vulnerável a presa humana,
É a sensação do corrupto ao sentir o que lhe tange,
É a expressão do louco em sua fuga profana...
Se há liberdade em ser acorrentado,
Há felicidade em perder a alegria,
Mas quanto ser desfigurado
É o que a um pobre contagia?
Com uma paisagem de carnificina sentimos Deus,
Mas há algo que não se difere entre bem e mal -
Há uma moral que repele o imoral...
Quando o sangue bate no peito meu,
Acordo de um sonho, ou pesadelo, de ser imortal
E entendo que tudo isso é do poeta o menor mal...