A musa nua
Nua, em mim o adoçar dos seios puros
E a volúpia do corpo que desnudas,
Sobe ao véu de um alvor no hotel dos Budas,
Esse ardor dos joelhos mais impuros.
Como és tu, sem pudor, que não me iludas,
Co´o perfume dos pés aos véus escuros
Que me faças tocar o pé nos muros,
Que à delícia do gozo e às dores mudas...
Pela louca malícia que nos mata,
Quando dói puramente, além do toque
Para a tua nudez macia, és grata.
Que o meu louco prazer inda te invoque
Entre a cama e o tesão, que a dor nos cata
O calor da explosão, molhar por que?
Lucas Munhoz - (10/11/2015)