Arautos da Autodestruição

O começo e o fim marchando de mãos dadas.

O decorrer da existência sepultada em uma mentira calada.

Olhos ainda vivos, enxergando o amanhã mutilado,

Amputado pela estagnação, encontro o "eu" decapitado!

Cicatrizes acumuladas pelos grilhões em nossos pensamentos.

Penso o que quiser, mas digo o que eles querem em juramento.

E através do olho da providência que há em mim,

Não é possível ver mais nada além de um fim!

A ganância impera! Vendeu nossas forças, nossa vontade,

Vendeu o presente, e por isso não haverá futuro!

Cercados pelo fogo, pelo eterno jogo das vaidades.

A autodestruição cavou sete palmos para todos, e em epítome,

Acendam as velas de um funeral prematuro,

E nos enterrem sob sete bilhões de lápides sem nomes.