LINGUAGEM DA VIDA
As vozes que marcam o dia sopram assim como o célere vento,
Aqui e acolá se ouvem ruídos ou também palavras rotineiras...
As águas das cascatas ou as ondas nas íngremes barreiras...
A linguagem da vida dita o tom de alegria ou de tormento!
Na pastagem verde e exuberante berra de alegria o gado feliz,
E os estrepitosos trovões prenunciam chuvas a cântaros no Sertão,
E o sertanejo, fiel e de mãos postas, reza e faz sua bendita oração...
E de repente ouve a batida da hora do relógio das torres da matriz.
Suscetíveis e esperançosos os generosos corações, de amor...
Como o ágil e irrequieto colibri que avidamente suga o néctar da flor...
E voa contente por entre o emaranhado de galhos do arvoredo...
Uma canção quando bem cantada, é um doce e admirável hino...
Como nas catedrais o nostálgico e anunciante badalar de um velho sino...
E nos campos o gorjeio melodioso e suave do sabiá de manhã bem cedo...
Picos – PI, 06/11/2015.