UM DOCE ESPINHO CHAMADO SAUDADE
Saudade, saudade, doce espinho...
Que me dilacera a alma e tece,
Aos poucos delineando uma prece,
Que sobe a um Céu azul marinho.
Saudade, saudade, quando adivinho,
Noites insones, afinal amanhece,
Vejo que minh'alma não lhe esquece,
Não adormeço sem o seu carinho...
Inútil tentar, já desisti há tempos,
Sua imagem impressa, qual tatuagem,
Já se instalou em meu coração.
Assim entristecida neste contratempo
Sigo a interminável e dura viagem...
Doce saudade: espinhos ...alucinação!
soneto livre