LAMAÇAL
E de repente, brota o figurativo...
Do prioritário que não se planejou!
Do pódio patético já provocativo
Vem a mão lavada que nada plantou.
Do desvalimento desce a lama imunda
Borra do descaso fruto da corrupção...
E a vida corre até que se inunda
A morrer seu fôlego na sofreguidão.
Pelo solo pátrio grita a ecologia
Pela agonia de tanto fenecer!
Sem ver a saída a terra agoniza
A vida padece sob o vil poder.
Desce a terra inerte, podre, a que então reflete...
Cor de lamaçal sobre o que só quer viver.
Nota da autora: em luto pelo todo.