Soneto do amor platônico
Oh, poema cujo fim o mar separa,
Vejo as asas do albatroz a voar
E o veleiro brigue correndo
A flor dos mares e o marinheiro q'amara
A sua musa pela eternidade a dar
Amor para seus amantes sedentos...
Se a dor de amar percorre a solidão
E a paixão no pensamento extingue-se,
Desejo o amor eterno no coração
E que a tristeza que há em mim finde-se...
Se o amor desdenha de meus versos,
Imploro a compaixão do pensamento
E peço a Platão um amor diverso
Àquele que sinto tristemente...