Soneto do amor platônico

Oh, poema cujo fim o mar separa,

Vejo as asas do albatroz a voar

E o veleiro brigue correndo

A flor dos mares e o marinheiro q'amara

A sua musa pela eternidade a dar

Amor para seus amantes sedentos...

Se a dor de amar percorre a solidão

E a paixão no pensamento extingue-se,

Desejo o amor eterno no coração

E que a tristeza que há em mim finde-se...

Se o amor desdenha de meus versos,

Imploro a compaixão do pensamento

E peço a Platão um amor diverso

Àquele que sinto tristemente...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 08/11/2015
Código do texto: T5442148
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