SOZINHO! MAS COM MUITAS SAUDADES.
É grande o medo de um dia eu perder-te,
Ou de deixar-te neste mundo amor:
Inquieta oh! Minh'alma, sofre à dor,
De em teus braços eu não mais morrer!
Porquanto me disseste c'o alegria,
Foi um dia, quando outrora nós sozinhos,
Tínhamos no alpendre agarradinhos,
Murmúrios que em teus seios eu morreria.
O tempo passa, nós também passamos,
A cada dia, eu a vejo linda e bela:
Que sempre juntinhos, nós estejamos!
Vês! De esta natureza Deus te fez,
Estupenda, subtil, sempre singela:
Como sempre linda e bela óh! Inês!