Clair de Lune


Pudesse eu, neste exato instante, transportar-me
Para nosso recanto mantido preservado, distante
De tudo e de todos, onde te encontraria, amante,
A minha espera, ávida pelo momento de amar-me.

Pudesse eu, então, repetiria o ritual de desnudar-te,
Despir-te das esvoaçantes roupas que te vestem,
Jogá-las ao vento, deixar que para longe as levem,
Mirar enlevado teu corpo nu, à luz da lua, amar-te.

Como se em mero “clair de lune” ora transformado,
Passearia por cada dos detalhes de teu corpo lindo,
Realçando cada um dos que tanto tem-me enlevado,

Divagaria por teus seios, por tuas coxas, por tua nuca,
Por teus pés e púbis, onde quedado por tempo infindo,
Até alçares o gozo infinito de nós dois, lunática, maluca.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 06/11/2015
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