RASTROS


Enveredando por aquela estrada,
Ela seguia sempre em frente...
Pés cansados, sózinha, simplesmente,
Nada a prendia mais, nem sonhos, nada.

Seguia como que fugindo assustada,
Das lembranças que povoavam a mente,
O chão era áspero, pedregoso, quente...
E ela nem sentia estar cansada...

Havia mergulhado naquela paisagem,
Buscando a libertação, tudo acabado,
A  vida ali, perdera todo o sentido.

Sem poder morrer, ia com coragem,
Deixando marcas: amores frustrados,

Pois seu coração estava partido!

 

               Ádria Comparini

                      28/09/2015

 



 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 02/11/2015
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