BRILHO DA ESPERANÇA
E eu debruço, minha saudade ao vento
O olhar voa bem longe... bem distante
E as sombras da rua falam sussurrante
No ouvido aguçado de meu sentimento.
A noite dorme sozinha em meu relento
Nesta solidão que pulsa a todo instante
Parece que paira num silêncio pulsante
Que grita, em meu coração, sonolento.
E já tomado assim, pelo o meu cansaço,
Pressinto minha sorte esvair no espaço,
Mas entre o meu vazio algo me ilumina.
Aos poucos, uma figura surge na janela
Um adorno cintilante, exposta, tão bela,
É a luz da lua que penetra minh'neblina.