Soneto adocicar
Adocicastes o salgar do coração
Aquecestes a fria poesia esquecida na gaveta
Desvendando a sensibilidade que tens
Admirada por este, humilde homem teu!
Adocicastes a desilusão amorosa
Resgatando um prisioneiro acorrentado
Em uma esfera metálica impenetrável
Tal qual aço fundido por Zeus.
Adoçar uma ilusão é tão simples
Porém, permanecestes centrada em minha direção
E o medo da entrega marcou o chão.
Coisas do coração não deveriam ter regras
Mas o adoçar da tua esperança em mim
Trouxe-me de um mundo sombrio, tão frio!