Soneto debruçar

Olhei o breu deitado na areia

E vi também os pontos luminosos de fogo

E aos altos de concreto, vi o apagar da varanda

E o acender das chamas na mesa.

Chamou-me a atenção o debruçar de lágrimas

De uma distante a meu olhar

Mas tão visível à percepção do meu pulsar

Chorou e continua a se debruçar.

Cada um tem o que lhe traz paz

Mas cada um também tem seu inferno

Resta saber qual predominará na solidão.

Oh, pequena moça distante!

Debruça-te em teu interior

Descubra tua paz escondida nesta solidão.