Conde Drácula II
Ao Halloween,
II
Bebo o sangue dos olhos viscerais
Em licor estripado de uma taça,
Quem a tripa dos cabos sangra e passa
Numa veia das vísceras mortais.
Esse cálix da morte, além da graça
Com um gole das carnes mui fatais,
Esses dentes sangrentos e imortais
Que inda molham bastante com desgraça.
Com que eu coma as pupilas na vontade
Entre a mesa da fome e do apetite,
O alimento mordaz e a crueldade.
Para amar, degustar e até sugar
Essas carnes humanas, que eu recite
As visões putrefatas do jantar.
Lucas Munhoz - (31/10/2015)