= GAGUEIRA =

GAGUEIRA

(Expressionismo no soneto 4)

Puxe a linha que o arco dobra,

Não importa o rugir do medo,

Regozijado degredo,

Que o abrir da boca recobra...

E não adianta a manobra,

De esconder-se entre arvoredos,

Ou ficar “cheio de dedos”,

Preconceituando a sobra...

Estique o arco, solte a flecha,

Deixe tudo acontecer,

Livre-se de toda a pecha,

Não tarda o alvorecer...

Mas se a gagueira o devora,

Mate-a quando o Sol nascer!

Niterói, em 02.08. 015

Ronaldo Trigueiros Lima

RONALDO TRIGUEIROS LIMA
Enviado por RONALDO TRIGUEIROS LIMA em 30/10/2015
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