HALLOWEEN (...)
A antiga festa começa, à meia noite, no cemitério.
Milenar morada de caveiras, zumbis roqueiros,
Seres amaldiçoados e despatriados traiçoeiros.
Guardiães da comemorada noite sepulcral dos mistérios!
Nesse cenário de terror, a poetisa excitada esbarra,
Perambula pelas tumbas; olhar repleto de emoção
A procura do seu amor, o sonetista hediondo pagão;
Pra juntos comemorarem a grande noite bizarra!
De repente surge ele, pálido, mister sedutor caveira!
Mãos cadavéricas frias, cheias de guloseimas...
Único dente à boca, feliz, sorrindo, sem problemas...!
Ambos, impudicos corpos, tocam-se numa sintonia certeira;
Os ossos tremem abraçados - Pequeno cismo amoroso! -
Ah! A concupiscência: travessuras doces e o derradeiro gozo!
(Edna Frigato)