Transformação
A um novo monstro
O homem que cria o puro transformismo
Como o monstro de um gérmen e do inferno,
Em íncola do fogo ardente e interno,
Pensa mesmo no horror do pessimismo.
Que alguma mágoa afunda no algarismo
E na dor sepulcral do choro terno,
Mas tens um coração álgido e eterno,
Se inda hás de machucá-lo entre o cinismo.
Em sangue do cadáver entre a mão,
Recorrendo o asco nojo e a podridão
Desde a carne animal do corpo inerme.
Dormes inteiramente em tua cova,
Que esse homem se transforma a larva nova,
Desejas almoçar no novo germe.
Lucas Munhoz - (28/10/2015)