Soneto das Palavras

Palavras caprichosamente alinhadas,

Narrando com exuberante destreza

Aventuras, alegrias e tristezas,

Emoções evocando, as mais rebuscadas.

Parecem fluir, leves e iluminadas,

Num suntuoso bailado de alta nobreza.

Ritmadas pela pena, em rara beleza

São lavradas, apuradas, almejadas.

Quais caminhos percorrem na alma do artista?

Tal esquadrinhar é tarefa admirável.

Meu ventre geme, demanda que se insista

Na busca destes versos - dom inefável,

Divino, que vem do alto, mesmo intimista,

Que faz-se presente, real e palpável.

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Grato e honrado pela brilhante interação de fcunha lima:

PALAVRAS

Palavras vivas, profundo mistério,

Cada uma das letras, dos fonemas,

São esboços d'alma em suas penas,

Na representação do seu piério.

Palavras sendo vida é o mais sério,

De todos os sentires e dos temas,

Expostos como novas cantilenas,

Pousadas sobre todo seu critério.

Estas palavras ditas tão sentidas,

Simbolismo de coisas já havidas,

É grito final, gutural, veloz,

Extraído do fundo do espírito,

Quando necessário eu repito,

Palavra transformada é a voz.

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George Gimenes
Enviado por George Gimenes em 28/10/2015
Reeditado em 01/10/2016
Código do texto: T5429597
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