ALMA ARREDIA
Ó alma não me deixe aqui falando
sem graça, no vazio dessa esperança
de ter-te novamente "palpitando"
nesse meu coração que é de criança.
Redima-te que estou aqui chorando
não sei viver assim nessa balança
sem saber aonde estás, e até quando...
ficarei nessa angústia que me cansa.
Somos baião-de-dois, não tem sentido
essa distância toda de repente
sinto-me ser um ser desguarnecido.
Parece que esquecestes que sou gente!
Não basta o tanto que tenho sofrido?
A vida te requer aqui presente!
* Interação ao belo poema "Volta pra casa" da poetisa Meri Viero.