ADVERSIDADES
O tempo já parece estar escuro,
No espaço que se encontra tão vazio
E que circula na alma como um rio
De águas sem a energia que procuro!
Um silêncio molhado, agreste e duro,
Que me coloca o pensamento frio
E a vida apenas presa por um fio,
A ter que superar um alto muro.
E já que sou um fruto ainda verde,
O equilíbrio do meu olhar se perde
E torna-se uma autêntica espelunca...
Onde a minha existência sempre traz
Ao poder do universo a simples paz,
De esperança que não sucumbe nunca.
Ângelo Augusto