A catástrofe da Gravidade
Imerso na observância da matéria,
repiso o chão da humana inteligência,
desde a egípcia alquimia e a obsolescência
da consideração mística e etérea,
até a apreensão moderna e deletéria,
que de Dalton quebra o átomo e, na ausência
de escrúpulo, corrompe a sua essência
e faz do ser humano, bactéria.
Porém não mais se existe sem tua luz;
ó, Curie, Darwin, Bohr, Oswaldo Cruz!
que a natureza é obscura e espanto medra.
E Avança o brilho, ao longe, de um cometa,
e eu, prestes a morrer em meu planeta,
entendo, ó Newton, teus corpos em queda!