O Besouro

Por sob o verde-amarelo, sujeito à grama

Um voo rasante de águia, alça o besouro

E assiste, dos amigos insetos, ao choro

Quando estes se rendem, cheios de lama.

A grama, tão somente o fosso, na passarela

De um socialismo que ilude, tolos e ineptos

Induzidos no discurso, e afeitos aos dejetos

Como frutos da democracia, pela corruptela.

Na tirania global, mísseis dos ditadores de lá

O sonho mal dura, na miséria do lado de cá

Cor, ureia e morte, venus e ela, sem tesouro

E aqui, enganam-se os insetos com espólio

Roubam-se a saúde, o feijão preto e o óleo

E no mistério público, culpado é o besouro.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 24/10/2015
Reeditado em 20/03/2021
Código do texto: T5425547
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