O Besouro
Por sob o verde-amarelo, sujeito à grama
Um voo rasante de águia, alça o besouro
E assiste, dos amigos insetos, ao choro
Quando estes se rendem, cheios de lama.
A grama, tão somente o fosso, na passarela
De um socialismo que ilude, tolos e ineptos
Induzidos no discurso, e afeitos aos dejetos
Como frutos da democracia, pela corruptela.
Na tirania global, mísseis dos ditadores de lá
O sonho mal dura, na miséria do lado de cá
Cor, ureia e morte, venus e ela, sem tesouro
E aqui, enganam-se os insetos com espólio
Roubam-se a saúde, o feijão preto e o óleo
E no mistério público, culpado é o besouro.