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Mesa do "O Rei do Mate". Matando o tempo, um escriba da voz do vento e um poeta. Conversa vai, conversa vem, surge a saudade, quase em sussurro, por ele segredada: amor início sem final, febricitantes fantasias, formidandas felícias futuristas, e, de repente, o silêncio das sombras, a infinitude do fim. Finda a sua história, venturei-lhe esperanças, invocando a voz do vento vertida em versos:

 
HISTÓRIAS DE AMOR
Odir Cunha
 
 
Eu te escuto, poeta, nesse instante
em que prendes no peito o próprio grito.
O grito doloroso e lancinante
de quem do amor se perde, e o vê finito!
 
Das musas do parnaso a mais amante!
Dos beijos que beijaste o mais bonito!
Bonita história eterna de um instante
que nunca mais foi tempo, ante o não dito.
 
Eu te escuto, poeta, na desdita.
Mas, histórias de amor, são sempre assim.
Início, sem final, nem sempre ocorre.
 
Amor eterno, amigo, às vezes morre.
Às vezes morre vivo, antes do fim;
às vezes chega ao fim, mas ressuscita!
 
JPessoa/PB
23.10.2015
oklima
 
 

Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
 
odirmilanez.blogspot.com

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oklima
Enviado por oklima em 23/10/2015
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