A ESPERA
Deixei a porta aberta, caso chegasse...
Mesa arrumada, flores, o candelabro
Fósforos à mão, champanhe, pra que gelasse
Música a tocar (que descalabro!)
Tudo arrumado pra gente comemorar!
Afastei móveis... dançaríamos juntinhos
À luz de velas, a dois, o jantar.
Na fina porcelana o menu... picadinho!
... Sentada no sofá, à espera fiquei.
Vesti carmim, como ele tanto gostava...
Mas, vã espera! De tristeza chorei.
Passaram as horas do tempo severo,
Cansei de olhar pra onde o relógio estava...
Sozinha adormeci. Até hoje espero...
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Recebi uma interação do querido Jacó Filho:
Perdi o rumo depois de uns tragos,
Fui parar na cadeia, por desacato...
De tanta vergonha eu fugi pro mato,
E por este erro, ainda hoje, pago...