CRÔNICAS D'EL REY - soneto nono

CRÔNICAS D'EL REY - soneto nono

-- “Por fim, como um rosário de remorsos,

Hão-de me recordar indecisões.

Ao meu redor, tão-só conspirações

Para após anistiar de maus desforços ”

“Os corruptos às voltas com extorsos

E os fidalgos com outros galardões.

São parasitas vistos aos milhões

Sobre o sangue e o suor de negros dorsos...”

“Acompanho este século perplexo

Nem as Cortes, ao arranjo mais complexo,

Hão-de nos afastar de novos Corsos...” --

Hesita novamente o soberano,

Pois, buscando ser fiel ao próprio plano,

Tornava a recordar seus vãos esforços.

* * *