Saído.

Solto o verso ausente, o não lido,

Pois não lido ninguém sabe o que sente,

Diletante a querer fazer ruído,

Atiça ouvido e visão, crente

Que mente, ao mostrar-se dorido.

Sem adido e comigo tão rente,

Bem recente inventou-se saído,

Já nem duvido se passar em minha frente.

Minha cria, tão guardado em gaveta,

Se sujeita, bem garrido, a fluir,

E eu aqui, que o tirei da sarjeta

Assisto na espreita se é capaz de fugir.

À pedir por sua sorte, sua vitória

Eu o fiz mas sei: É dele a glória.

Joserobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 19/10/2015
Reeditado em 28/10/2015
Código do texto: T5420114
Classificação de conteúdo: seguro