Saído.
Solto o verso ausente, o não lido,
Pois não lido ninguém sabe o que sente,
Diletante a querer fazer ruído,
Atiça ouvido e visão, crente
Que mente, ao mostrar-se dorido.
Sem adido e comigo tão rente,
Bem recente inventou-se saído,
Já nem duvido se passar em minha frente.
Minha cria, tão guardado em gaveta,
Se sujeita, bem garrido, a fluir,
E eu aqui, que o tirei da sarjeta
Assisto na espreita se é capaz de fugir.
À pedir por sua sorte, sua vitória
Eu o fiz mas sei: É dele a glória.
Joserobertopalácio