A querida morte

Uma alma medrosíssima e dramática,

Que eu sempre hei de assustar lugubremente...

Sabes que a morte assusta, chora e sente,

Quero a treva da vã melodramática.

A lua luminosa de uma estática

Que volta a reluzir obscuramente,

Que a escuridão da noite nos desmente

Em enterros do mal negro e da tática.

Oh canção assombrada dos zumbis,

Dize, amigo Ceifeiro, por que ris?

Veleja esse caminho no teu barco.

Salve o Augusto dos Anjos, um poeta!

O sentimento triste e a alma quieta

Na tristeza dos versos em Pau d´Arco...

Lucas Munhoz - (15/10/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 15/10/2015
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