Os túmulos
Ia ver o caixão das larvas sujas,
Uma cruz nas caveiras tenebrosas,
Olhava-a com horror e carnes cujas!...
As decomposições muito horrorosas.
Oh morte! Com que chores e não fujas!
Vejo as putrefações mais perigosas
Nos olhos viscerais e vis, que rujas!
As covas doentias e assombrosas.
As cruzes invertidas e assombradas,
Sou uma Dona Morte e aceito a lista,
Chamo-me o Ceifador vil e exorcista.
Assisto às podridões sempre sangradas,
Quantas assombrações! Oh crânio insosso!
Amo a sânie das vísceras e do osso.
Lucas Munhoz - (14/10/2015)