Puro e Sem Gelo

Despeja em meu copo tuas lágrimas amargas,

Despeja o sangue de tuas batalhas derrotadas...

O amor falhou e permitiu uma (espera pela) morte letarga.

Não importando o caminho, o sangue sempre estarás em tua jornada!

Somos todos vícios sofríveis, que por prazer,

Aguardamos o próximo gole a próxima tragada...

Pulmões inflados por nuvens de alcatrão a lamentar e crescer.

Morrendo sem esperança em rios de álcool, com a alma, afogada!

A dor é a única companheira fiel da humanidade,

Ela sempre caminharás contigo em campo sereno, hostil ou neutro.

Provando que teus vícios não morrerão antes de tua sobriedade!

E no fim de tudo brindaremos mesmo sem o devido apelo!

Pois na vida um bebe o copo das lamentações do outro,

E sim, bebemos tudo a goles largos, puro e sem gelo!