Larva eterna
Um bicho morfológico da morte,
Esse canibalismo humano e imundo
Que enche a antropofagia e o novo mundo,
Larva - é o monstro do lodo que conforte.
Numa fome antropófaga da sorte,
Só vejo o sangue hidrópico no fundo
Que ela urra fortemente o som profundo,
Em inseto sangrento, mau e forte.
Janta a morfologia dos pedaços,
Ó dentes sangradíssimos dos aços!
Almoça a carne humana e hipocondríaca.
Ah que a putrefação do alegre gozo!
Este monocratismo perigoso
Que sente o mal da tripa demoníaca.
Lucas Munhoz - (09/10/2015)