DUAS METADES
Rio, 25/10/2011.
Alquebrado está o coração no peito,
Sofrido de amor, ficou todo esboroado.
Havia belo castelo, agora desmoronado
E um jardim todo florido, hoje desfeito.
Se ao amor quisermos somar a razão,
Perdemos o tino e vamos aos extremos:
Chegamos ao cume da loucura e sofremos,
Ou ficamos rés a estupidez sem solução.
O amor: duas metades de encaixes perfeitos,
Quando unidas, não há nada que possa separar;
Ficam tão ligadas nem vento pode passar.
Ficam tão homogêneas e desfazem defeitos.
O amor verdadeiro é como leite com café,
Ou como um casal de cisnes ele é.