Vagarosidade

Ninguém tá nem aí para mais nada

Ninguém quer mais saber de coisa alguma.

A pobre humanidade inteira ruma

No mar da indiferença, onde naufraga...

Tá todo mundo se lixando em cada

Cantinho em que essa terra desapruma.

A massa humana sempre se acostuma,

A lentidão da própria caminhada.

Sentado nas janelas confortáveis,

O povo vê a banda desfilando,

Com os instrumentos mais abomináveis.

Passa o suborno, o roubo, a delinquência...

E toda a sociedade observando,

Com a mesma inoperância e sonolência.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 09/10/2015
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