Vagarosidade
Ninguém tá nem aí para mais nada
Ninguém quer mais saber de coisa alguma.
A pobre humanidade inteira ruma
No mar da indiferença, onde naufraga...
Tá todo mundo se lixando em cada
Cantinho em que essa terra desapruma.
A massa humana sempre se acostuma,
A lentidão da própria caminhada.
Sentado nas janelas confortáveis,
O povo vê a banda desfilando,
Com os instrumentos mais abomináveis.
Passa o suborno, o roubo, a delinquência...
E toda a sociedade observando,
Com a mesma inoperância e sonolência.