Eu vi uma cobra

Ela era bonita e tinha brilho,

Ligeira, mas tão peçonhenta,

Tirava todo mundo do trilho,

E tinha expressão agourenta.

Seus olhos eram tão intensos,

Mas tão cínica era a sua boca,

A língua fazia cortes imensos,

Sua mente era pequena e oca.

Destilar veneno, dom favorito,

Sentia-se rainha, forma dóxica,

Feria com sua presença tóxica,

Varria com o rabo meu escrito,

Numa vigia sem licença sequer,

Bani-a com silencio; era mulher.

Uberlândia MG

*Soneto infiel - sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 09/10/2015
Reeditado em 10/10/2015
Código do texto: T5409309
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