Soneto de tranquilidade

E eu quis o silêncio da noite.

E fiz dele pensamentos.

E dos pensamentos fiz-me açoite,

No martírio de sentimentos.

E eu quis tua voz branda.

E de teu calmo respirar,

fiz sossego que manda,

Meus pensamentos divagar.

E nada me fez mais feliz,

E nada mais me fará.

Senão a lúcida voz que diz,

Onde devo ser, onde será.

Que teus olhos vem me sorrir,

Se por aqui ou por lá.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 09/10/2015
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