Soneto de tranquilidade
E eu quis o silêncio da noite.
E fiz dele pensamentos.
E dos pensamentos fiz-me açoite,
No martírio de sentimentos.
E eu quis tua voz branda.
E de teu calmo respirar,
fiz sossego que manda,
Meus pensamentos divagar.
E nada me fez mais feliz,
E nada mais me fará.
Senão a lúcida voz que diz,
Onde devo ser, onde será.
Que teus olhos vem me sorrir,
Se por aqui ou por lá.