Soneto nº 22 - Sete Ponto Nove
Sete ponto nove se aproximando,
Mil coisas me passam pela cabeça,
Pressinto que o fim está chegando
Mas a razão me pede que eu esqueça.
Mas como esquecer se a ampulheta
Deixa escorrer areia sem parar,
Se vejo a encarregada da colheita
Satisfeita e sempre a me espreitar?
Sei que o dia vem, resta saber quando,
O jeito é levar a vida de um jeito
Que no final, ao redor do teu leito
Todos te olhem com tristeza e dor.
E tu, satisfeito por teres feito
Tudo que te pediu o criador.
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Interação do poeta amigo Armando A. C. Garcia
Ao Confrade: Jota Garcia (soneto)
Do Recanto das Letras
Em resposta à poesia: Sete Ponto Nove
A gente vive na vida a cada dia
Emoções, felicidades, raivas, tristezas
Sabemos que um dia virá a partida
Nós, poetas, cantamos ao mundo as belezas
Expressas em nossas singelas poesias
Que o tempo não apaga, nem consome
Esta a razão de vivermos sem utopias
Deixamos na terra gravado nosso nome
Por isso o espetáculo, caro confrade
Nunca termina antes do último ato
Tenhamos então a santa humildade
De produzir o belo, nas dimensões exatas
Nas proporções harmônicas ao tempo e razão
Não vilipendiando, com poesias piratas !
São Paulo, 16/11/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia