De alguém que escreve, infeliz.

Ah, tu continuas com a face grande,

E o coração demasiadamente pequeno!

Com a alma absolutamente fria, vazia.

Um poço grande, cheio de veneno.

Eu mudei, e senão fosse da vida um capricho,

E nunca tivesse existido, na verdade eu nem sei.

Lá fora o silencio é gritante, o coro dos amantes.

Aqui dentro tudo sempre tem estado disperso!

Eu, sou em verdade um típico réu confesso.

Por que nunca nesta vida escondi o que sinto,

Não que eu ache este ato deveras bonito...

Mas, talvez tão somente porque nunca quis!

As tristezas sempre constarão nos autos

Da vida de alguém que escreve, infeliz...

NUNES, Elisérgio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 08/10/2015
Reeditado em 13/02/2020
Código do texto: T5407933
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