MEDO
Resta a mancha de sangue na calçada
Resta a etapa da vida não cumprida
Resta o eco de um tiro, e a voz calada
O silêncio e a jornada interrompida
Resta o aborto dos sonhos não vividos
Resta o eterno vazio pela frente
Resta a história, os momentos coloridos
Esvaídos ao nada de repente
É que o mundo vai redundantemente
Reprisando o que resta e o que sente
Ao tombar de uma vida aos pés do algoz
Resta, enfim, o enterro da decência,
Restam lágrimas e dor e violência,
E o medo que aprisiona todos nós!
(imagem: "morte" - Cícero Dias, 1928 - lápis e guache s/papel - disponível em http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/artistas/cicero/images/morte.jpg)
Resta a mancha de sangue na calçada
Resta a etapa da vida não cumprida
Resta o eco de um tiro, e a voz calada
O silêncio e a jornada interrompida
Resta o aborto dos sonhos não vividos
Resta o eterno vazio pela frente
Resta a história, os momentos coloridos
Esvaídos ao nada de repente
É que o mundo vai redundantemente
Reprisando o que resta e o que sente
Ao tombar de uma vida aos pés do algoz
Resta, enfim, o enterro da decência,
Restam lágrimas e dor e violência,
E o medo que aprisiona todos nós!
(imagem: "morte" - Cícero Dias, 1928 - lápis e guache s/papel - disponível em http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/artistas/cicero/images/morte.jpg)