A TUA BOCA
H. Siqueira, 2010.
Tu tens a boca, onde eu tinha o ensejo
De matar minha sede de paixão;
Qual fonte inesgotável, era então,
De volúpia, carinho e de desejo.
Hoje, distante dessa fonte, eu vejo,
Quão fugaz é o amor. E o coração
Despedaçado e triste, almeja em vão
Voltar à fonte; ao fogo do teu beijo.
De tua boca entreaberta, ouvia outrora,
Gemidos, ais... Os roucos sons do amor;
Tornando o breu da noite, em clara aurora.
Mas cruel realidade eu vivo agora:
Boca que me beijava com ardor...
E dessa mesma boca ouvi: Vai embora!
De matar minha sede de paixão;
Qual fonte inesgotável, era então,
De volúpia, carinho e de desejo.
Hoje, distante dessa fonte, eu vejo,
Quão fugaz é o amor. E o coração
Despedaçado e triste, almeja em vão
Voltar à fonte; ao fogo do teu beijo.
De tua boca entreaberta, ouvia outrora,
Gemidos, ais... Os roucos sons do amor;
Tornando o breu da noite, em clara aurora.
Mas cruel realidade eu vivo agora:
Boca que me beijava com ardor...
E dessa mesma boca ouvi: Vai embora!
H. Siqueira, 2010.