Doces Cerejas

Piso na seda das horas do vento e
Banho-me nas pétalas olorosas
Advindas do salário por alento
Das tantas sofridas eras chorosas

Alvoradas têm o sol por provento
Para sarar feridas inditosas
Cada cicatriz é um troféu bento
Ofertado às batalhas vitoriosas.

Despem-se puídas vestes do passado
E a nudez trás um venturoso fado
Com sabor das cerejas não comidas.

Repouso nas doces valsas de sonhos
Dançando pelos floridos caminhos
Das terras que me foram prometidas!

Ângela Rolim
Em 24/02/2011

 



 
Ângela Rolim
Enviado por Ângela Rolim em 05/10/2015
Reeditado em 09/04/2016
Código do texto: T5405271
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