Saudade da fazenda

Lá adiante vinha papai, na curva da estrada,

O rebanho organizado fazendo tanta poeira,

O cavalo vinha trotando a passo com parada,

E a gente corria no frio para abrir a porteira.

O cheiro de estrumes se misturava à aurora,

No piquete um amontoado de vacas e vitelos,

Assovios e dizia os nomes das rés toda hora,

Papai as tratava bem, tinha com o gado: elos.

Era bem cedinho, da cama a gente já pulava,

E vinha um cheiro de café e bolo da cozinha,

Não precisa perguntar, feitos por nossa rainha.

O bezerro na perna da vaca o papai amarrava,

Balde por entre as pernas esperando leite cair,

Café tomado era à hora de para a escola partir.

Uberlândia MG

*soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 05/10/2015
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